Segunda-feira, 6 de
agosto de 2012 - 19h35min
Departamento de Estado dos EUA publica Relatório sobre Liberdade Religiosa Internacional anual
Departamento de Estado dos EUA publica Relatório sobre Liberdade Religiosa Internacional anual
No momento em que pelo menos alguns países estão afrouxando a expressão
política, o mundo está deslizando para trás na liberdade religiosa, diz a
secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton. Falando sobre a
publicação dos EUA do "Relatório sobre Liberdade Religiosa
Internacional" para 2011, em 30 de julho, Clinton disse que agora, mais do
que nunca, era urgente destacar a liberdade religiosa. "Quando
consideramos o quadro global e perguntamos se a liberdade religiosa está se
expandindo ou diminuindo a resposta é preocupante", disse ela na Fundação
Carnegie para a Paz Internacional em Washington DC. "Mais de um bilhão de
pessoas vivem sob governos que sistematicamente suprimem a liberdade
religiosa.
O relatório anual destaca violações contra práticas religiosas e grupo
religioso minoritário identifica seus autores e documenta os métodos usados
para restringir a expressão ou crença religiosa. A China foi criticada por suas
contínuas e pesadas restrições sobre as igrejas cristãs não registradas,
uigures muçulmanos, tibetanos muçulmanos, budistas tibetanos e praticantes do
Falun Gong. "A autoimolação de mais de 40 tibetanos em protesto contra as
políticas chinesas continua a demonstrar seu desespero", disse Suzan
Johnson Cook, embaixadora-geral para a Liberdade Religiosa Internacional, numa
coletiva de imprensa do Departamento de Estado à frente do discurso de Clinton.
Pelo segundo ano consecutivo, a China estava numa lista infeliz de oito países,
que também inclui a Coreia do Norte, o Irã e a Arábia Saudita, designados como
países de preocupação especial (PPE) pelo abuso "crônico" e
"sistemático" da liberdade religiosa. A Coréia do Norte ainda é um
país "onde a liberdade religiosa genuína não existe e o Irã, onde a
liberdade religiosa deteriorou-se de uma situação que já era horrível",
disse Johnson Cook.
Tendências principais
Este ano, o relatório identifica as principais tendências em abuso da
liberdade religiosa, algumas evidentes em governos autoritários e outras em
países em transição para a democracia. Na Tunísia, Líbia, Egito e Birmânia, onde
regimes caíram ou transitaram para práticas menos restritivas, as pessoas davam
os primeiros passos em liberdades recém-descobertas. O caminho de transição,
contudo, é cheio com seus próprios perigos, particularmente para minorias.
A violência contra cristãos coptas no Egito aumentou, por exemplo, assim
como incidentes contra a minoria étnica muçulmana Rohingya na Birmânia, que
permanece severamente condenada ao ostracismo. A ampliação do uso e abuso das
leis de blasfêmia para restringir ainda mais a liberdade religiosa e de
expressão também foi citada como uma tendência crescente. Na Arábia Saudita, a
blasfêmia contra a interpretação Wahabi do islamismo sunita é punível com a
morte, enquanto que na Indonésia, a pena é de prisão.
No Paquistão, uma pessoa que blasfeme ou critique leis contra blasfêmia corre o
risco de ser assassinada por extremistas. Um aumento do antissemitismo foi
identificado como uma tendência preocupante. O relatório cita a Venezuela por
declarações antissemitas na mídia oficial e o Irã pela negação irrestrita do
Holocausto. Na Europa, a Ucrânia e a França viram casos de cemitérios judaicos
e sinagogas sendo profanados e a Hungria viu a ascensão de um partido político
antissemita.
Alguns governos também foram citados por visarem minorias como
"extremistas violentos", o relatório citou o Bahrain, Rússia, Iraque
e Nigéria pela tendência. As autoridades muitas vezes falharam em distinguir
entre a prática religiosa pacífica e as atividades criminosas ou
terroristas", disse o relatório. Ao destacar a importância da liberdade
religiosa, Johnson Cook descreveu-a como o "canário na mina de
carvão". A liberdade religiosa era "essencial para uma sociedade
estável, pacífica e próspera", disse ela, acrescentando, "Ela anda de
mãos dadas com a liberdade de expressão, a liberdade de reunião e, quando a
liberdade religiosa é restringida, todos esses direitos estão em risco.”.
Fonte: The Epoch Times
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